Destaques

AEA NEWS – edição março

Por AEA

2º mandato, mais desafios e responsabilidades.

Após o resultado do processo eletivo da diretoria executiva no último dia 27 de novembro, no qual Everton Lopes e eu fomos reeleitos para o mandato 2025/26, ficou a sensação de missão cumprida do primeiro exercício, mas – ao mesmo tempo – a chegada de mais e novos desafios e responsabilidades ainda mais contundentes.

Se em “time que está ganhando não se mexe”, o primeiro ato nesse 2º mandato foi manter todos os diretores executivos e membros do staff da AEA, mas com o objetivo de acelerar ainda mais os propósitos da entidade em favor do setor automobilístico brasileiro, cujo protagonismo pode ganhar mais relevância no cenário internacional.

Como dissemos no Relatório Anual da AEA, em dezembro último, a pauta de descarbonização, também conhecida como conceito “Do berço ao túmulo”, passou ao longo de 2024 pelas diretorias de Manufatura, de Veículos Leves e Emissões, de Veículos Pesados e Emissões, de Eletromobilidade, de Eletroeletrônica, e de mais onze diretorias e 45 comissões técnicas de nossa entidade. Foi diretriz também em nossos sete eventos anuais.

Em paralelo, em 2024, a AEA firmou acordos de cooperação com o Ibama (MMA), regulamentação do Programa Mover (MDIC), ratificou assento na Câmara Temática de Assuntos Veiculares, Ambientais e Transporte Rodoviário (CTVAT), entre outros, de modo a contribuir efetivamente com os debates técnicos setoriais.

Portanto, nesse início de 2º mandato, já estamos em ritmo acelerado e em velocidade cruzeiro nas discussões sobre o Proconve L8, fase mais avançada do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve), criado em 1986. O objetivo é reduzir a emissão de poluentes e alinhar o Brasil a padrões internacionais de emissões e subdividido em quatro fases: L8A (entrou em vigor em 1º de janeiro de 2025, que já estabelece novos limites de emissões evaporativas e de ruídos; L8B (entrará em vigor em 1º de janeiro de 2027, com nova redução de emissões evaporativas); L8C (entrará em vigor em 1º de janeiro de 2029, com redução dos limites de emissões de poluentes, como óxidos de nitrogênio (NOx) e hidrocarbonetos (NMHC) e L8D (entrará em vigor em 1º de janeiro de 2031, com exigência de redução do fator de deterioração para ruído e a medição de particulados que incluirá partículas menores).

Logo à frente, com mais consistência, teremos o processo de regulamentação do Programa Mover, ao lado do Combustível do Futuro, tão necessários quanto imprescindíveis ao setor automotivo brasileiro.

O invólucro de tudo isso pode desembocar na COP30, a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, a ser realizada na cidade de Belém, no Pará, entre os dias 10 e 21 de novembro próximo.

Boa leitura a todos desta 7ª edição do AEA News.

Marcus Vinicius Aguiar
Presidente AEA

AEA busca mais participação das universidades

A AEA – Associação Brasileira de Engenharia Automotiva é reconhecida por sua credibilidade e capacidade de fornecer diretrizes técnicas e regulatórias fundamentadas, resultado de sua abordagem imparcial e colaborativa, envolvendo membros da academia, indústria e governo em suas comissões técnicas e grupos de trabalho. Essa diversidade de representações é o que garante a neutralidade e isenção da associação, permitindo que as discussões contemplem múltiplas perspectivas e resultem em soluções equilibradas e tecnicamente robustas para o setor automotivo.

“A inclusão de membros da academia desempenha um papel crucial nesse processo, fornecendo uma base sólida de conhecimento científico e rigor metodológico, o que enriquece as deliberações e garante que as decisões tomadas sejam fundamentadas em evidências e pesquisas de ponta. Ao contribuir com uma visão independente e focada no longo prazo, os acadêmicos ajudam a afastar eventuais vieses, reforçando o compromisso da AEA com a neutralidade”, argumenta Marcelo Massarani, diretor de Academia da AEA, para quem a participação das universidades é fundamental, em especial daquelas localizadas mais próximas aos polos produtivos de autoveículos.

A presença da indústria nas comissões, por sua vez, traz uma perspectiva prática e aplicada, garantindo que as soluções propostas sejam viáveis e alinhadas com as demandas do mercado. O governo, como parceiro, contribui com a visão regulatória e de políticas públicas, assegurando que as discussões sejam compatíveis com as diretrizes nacionais e internacionais.

Esse equilíbrio entre academia, indústria e governo promove a credibilidade da AEA como uma entidade imparcial e tecnicamente qualificada para formular orientações que atendem aos interesses do setor automotivo e da sociedade em geral. Para fortalecer ainda mais essa posição, recomenda-se um esforço contínuo para aumentar a participação de membros da academia nas comissões técnicas e grupos de trabalho.

A diversidade de vozes e a inclusão de especialistas acadêmicos asseguram que as decisões sejam baseadas em uma análise abrangente, promovendo inovações sustentáveis e regulamentos eficazes.

Ao promover essa integração, a AEA reforça seu papel como um fórum confiável e neutro, que não só acompanha as tendências tecnológicas, mas também antecipa desafios futuros, oferecendo soluções que equilibram desenvolvimento econômico, responsabilidade social e sustentabilidade ambiental.

Ricardo Gondo é presidente de honra do SIMEA 2025

A comissão organizadora do SIMEA – Simpósio Internacional de Engenharia Automotiva, organizado pela AEA – Associação Brasileira de Engenharia Automotiva, elegeu Ricardo Gondo, CEO da Renault do Brasil, como presidente de honra da 32ª edição do mais importante fórum técnico do setor automobilístico brasileiro.

Ricardo Gondo, 56, engenheiro mecânico formado pelo Instituto Mauá de Tecnologia com Pós-Graduação em Administração de Empresas pela Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas, ingressou na Renault em 1996, como consultor comercial. O executivo ocupou diferentes posições na empresa no Brasil, como gerente regional, diretor de Vendas a Empresas e diretor de Vendas e Rede.

Em 2013 foi para a Europa como CEO da Renault Espanha e Portugal. Em 2016, retornou à América Latina como vice-presidente de Vendas e Marketing para a Região Américas da Renault. Gondo assumiu a presidência da Renault do Brasil em 1º de janeiro de 2019.

Sob o tema “Tecnologia e mobilidade: futuro inteligente e sustentável”, a 32ª edição do SIMEA terá à frente da comissão organizadora como coordenadora Luciana Giles (Cummins) e a vice-coordenadora Marina Silva (Ford). O evento será realizado nos dias 13 e 14 de agosto, no Novotel Center Norte, em São Paulo.

Inscrições de trabalhos técnicos ao SIMEA 2025 vão até 21 de março

O SIMEA 2025 – Simpósio Internacional de Engenharia Automotiva, em sua 32ª edição, está com as inscrições abertas para as sessões técnicas de papers, coordenadas pelo professor Ronaldo Salvagni. A data limite para a submissão dos resumos será 21 de março próximo. A indicação dos trabalhos aprovados ocorrerá no dia 10 de abril, o envio dos trabalhos finalizados, em 16 de maio, e a divulgação dos trabalhos aprovados em 11 de julho. Sessenta papers devem compor a grade de programação do mais importante fórum técnico do setor automotivo brasileiro.

Serão aceitas propostas de artigos técnicos enquadradas em assuntos relacionados com a Engenharia Automotiva, agrupados nos temas Transformação Digital, Gerenciamento de Energia e Powertrain Avançados, Emissões e Poluentes Veiculares, Combustíveis e Lubrificantes Convencionais e Alternativos, Bem-Estar/Conforto Embarcado, Mobilidade Autônoma e Conectada, Dinâmica e Controle Veicular, Segurança Passiva e Integral, Eletrônica e Software Veicular e Manufatura, Materiais e Mitigação de Peso Embarcado.

Para a submissão de um resumo, os autores deverão obrigatoriamente preencher o formulário de inscrição, com no máximo 1.300 caracteres, que deve ser inédito e elaborado em inglês (obrigatório) e em português (opcional). A aprovação do resumo será notificada aos autores posteriormente, por meio do e-mail e site da entidade.

A avaliação dos resumos e dos trabalhos finais será feita levando-se em consideração aspectos como ineditismo, conteúdo técnico, inovação, voltado à área da mobilidade e isento de propagandas e organização para análise de acordo com o modelo apresentado. Os melhores trabalhos serão premiados pela entidade.

Mais informações sobre as inscrições e o evento estão disponíveis no site www.simea.org.br.

Inscrições ao Prêmio AEA ESG 2025 vão até 17 de abril

O reconhecimento dos melhores trabalhos do Prêmio AEA ESG 2025, da AEA – Associação Brasileira de Engenharia Automotiva e coordenado por Mário Reis, acontece no dia 12 de junho próximo, em evento presencial no Millenium Centro de Convenções, em São Paulo. Subdividido em três categorias – Inovação Tecnológica e Ambiental, Social e Governança e Jornalística -, o prêmio recebe inscrições até o dia 17 de abril, por meio do site www.aea.org.br.

Os pilares do ESG têm-se tornado cada vez mais relevantes no dia a dia das empresas e instituições no mundo inteiro, independente do ramo em que atuam. Entretanto, para que esse conceito se converta de fato em desenvolvimento sustentável da sociedade, as iniciativas de ESG têm de ser implementadas na prática, ou seja, não podem ficar limitadas apenas ao discurso ou a estratégias de marketing, o que é conhecido atualmente como “green washing, sócial washing e governance washing”.

O Prêmio AEA ESG pretende dar destaque às empresas, universidades e institutos de pesquisa que buscam melhorar seus processos, produtos e serviços com vista à proteção do Meio Ambiente, e reconhecer suas iniciativas Sociais e suas práticas de Governança. O Prêmio AEA ESG 2025 também visa reconhecer os trabalhos jornalísticos relacionados a qualquer um dos pilares da temática, essenciais para a disseminação da informação e que contribuem muito trazendo à tona todas essas questões, cada dia mais relevantes para a sociedade.

Em encontro híbrido, CT de Lubrificantes define próximos passos

Na última reunião híbrida de Lubrificantes, Aditivos e Fluidos, ocorrida no dia 12 de fevereiro, da qual participaram 24 integrantes, a Comissão Técnica, sob o guarda-chuva da diretoria liderada por Roberta Teixeira, definiu as próximas etapas de estudos e de publicações para o setor, a começar pela cartilha e vídeo sobre transmissão mecânica, automática/dupla embreagem e CVT (transmissão continuamente variável).

O grupo debateu também sobre o impacto dos lubrificantes em motores a biodiesel; lubrificante recomendado versus utilizado; Óleo Certo, uma iniciativa do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP); as normas NBR 13.705 e 14.261 dos “coolant” e programa educativo para trocadores de óleo, essencial para o setor de lubrificantes, aditivos e fluidos no varejo.

Uma das comissões técnicas mais assíduas e fortes da AEA, Roberta Teixeira aproveitou o primeiro encontro do ano para enfatizar e estender convite de participação a empresas que ainda não fazem parte do quadro associativo da entidade, na medida em que o setor de lubrificantes brasileiro – estima-se de acordo com o mercado – movimenta cerca de 1,4 bilhão de litros e mostra um faturamento da ordem de R$ 25 bilhões por ano.

“Lembro ainda que, embora os 100% elétricos e eletrificados mostrem sua força no mercado brasileiro, os veículos movidos a combustão serão maioria por muito tempo no Brasil e no mundo. Portanto, a demanda por lubrificantes permanecerá em evolução. E, nós, teremos de desenvolver as melhores tecnologias e manter o uso correto de lubrificantes por tipos de aplicação”, finaliza Roberta Teixeira.

Conselho Editorial:
Anderson Suzuki, Everton Lopes, Luciana Giles, Marinna Silva e Raquel Mizoe

Jornalista Responsável:
Koichiro Matsuo – MTb 13 224

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