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Em favor da sociedade, competitividade clama por infraestrutura à indústria 4.0

Por Não especificar um autor

27/09/2021 – “O Brasil ´corre´ contra o tempo em busca de efetividade e de maior cobertura da tecnologia 4G, enquanto aguarda o 5G. Sem essa infraestrutura, indústria 4.0 tende a derrapar e comprometer a competitividade de setores produtivos”. Essa foi a principal conclusão da 6ª edição do Seminário de Manufatura, promovida e organizada pela AEA – Associação Brasileira de Engenharia Automotiva, que ocorreu na última quinta-feira, 23/9, e que teve como tema central “Indústria 4.0 e Sociedade 5.0: um ecossistema em construção”, com a coordenação de Carlos Sakuramoto (diretor de Manufatura da AEA e da GM), Anderson Borille (ITA), Fernando Villela (Ford) e de Carolina Assumpção (Denso).

Logo na abertura do evento, o presidente da AEA, Besaliel Botelho, já anunciava o seminário e o tema como centrais no processo de competitividade dos meios produtivos do País, com destaque para a indústria automotiva brasileira e à sociedade de engenheiros automotivos, de modo a não desgarrar dos avanços tecnológicos e das transformações estruturais que vários países já vivenciam. Ainda na abertura do seminário, Fernando Villela, um dos coordenadores, discorreu rapidamente sobre os cenários internacionais de investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento: “às vésperas da implementação da tecnologia 5G no País, é crucial lembrar que a média mundial de investimento em P&D no mundo é de 2% do PIB, com destaque especial a Israel e Coreia do Sul, onde esses investimentos chegam a 4%. No Brasil, ainda estamos com 1% do PIB”.

A principal palestra da 6ª edição do Seminário de Manufatura foi de Rubens Caetano Barbosa de Souza, coordenador de Pesquisa e Desenvolvimento, da Secretaria de Empreendorismo e Inovação do MCTI, que fez ampla explanação sobre a “Implementação do 5G no Brasil – Perspectivas” e constitui-se em lastro para as demais nove apresentações do evento.

No Painel I, as apresentações de Ricardo Martins (Hyundai) com o tema “Urban Air Mobility”, seguido de “Exemplo de Aplicação do 5G – implantação industrial”, de Erick Cogliandro, da Umlaut, “Campo 4.0”, de Marcelo Lopes, da John Deere, e “Dados e inteligência a serviço da saúde pública”, de Leon Nascimento, do Sesi-RJ, contaram seus cases de implementações dos conceitos da Indústria 4.0 e seus resultados, ainda que parciais, mas sobretudo mostraram que “tratam-se de caminhos sem volta caso o Brasil queira buscar, e quer, competitividade no cenário internacional”, concluíram os palestrantes em debate moderado por Anderson Suzuki, diretor de Eventos da AEA.

No período da tarde, o segundo painel – “Ecossistema sócio-técnico” – contou com cinco palestras. A primeira foi conduzida por Anderson Borille (ITA), que atualizou o status do “Desafio AEA de Manufatura Avançada – Honra ao Mérito”; “Câmara Brasileira Indústria 4.0 + Formação de pessoas”, de Eliana Emeditato, coordenadora geral de Transformação Digital, da Secretaria de Empreendorismo e Inovação do MCTI; “Plataforma digital”, de autoria de Marcus Vinicius (Ministério da Economia); “Senai – roadmap tecnológico”, de Alex Figueiredo, da Volvo, e Gustavo Bicalho, da Stellatins; e “Apoio financeiro – FINEP alavancando a ciência”, com Maurício Syrio, superintendente operacional da FINEP.

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