Em seu quarto evento online do ano, a AEA – Associação Brasileira de Engenharia Automotiva promoveu ontem (10/11) o Seminário de Segurança e Conectividade, com o tema “O futuro do veículo autônomo e conectado no Brasil”. Com a popularização dos dispositivos ADAS e a tendência da integração da conectividade como base de implementação para o futuro dos veículos autônomos, a entidade entende que há necessidade da discussão e do debate para melhorias contínuas.
Para Besaliel Botelho, presidente da entidade, a tecnologia conectada já é uma realidade no País. “Parceria importantes das montadoras com diferentes meios de conectividades públicas são oferecidas para o consumidor. O celular faz parte do nosso dia a dia e vamos ver o mundo de transformações por meio também dos veículos autônomos e como isso vai tomar corpo aqui no Brasil”, disse o presidente durante abertura do evento da entidade.
“Marco regulatório para veículos autônomos”, apresentação ministrada por Andrea Martinesco, servidora da Ministério Público Federal do Paraná (PR) apontou questões jurídicas para a circulação destes veículos no Brasil. Segundo ela “o Brasil traz avanços como Decreto 9.557, de 8 de novembro de 2018, Art. 18, que ‘consideram-se veículos autônomos aqueles classificados a partir do nível três, segundo a regra J3016 da Sociedade de Engenheiros de Automóveis dos EUA, além da criação na Resolução do Contran em 2017 de grupo técnico dedicado e estabelecido no ano seguinte”.
O gerente de Produto da Bosch e membro da Comissão Técnica da AEA, Bruno Mori, trouxe um panorama atual das tecnologias de assistência ao condutor em palestra “AEB e LDWS”. O engenheiro Mori explicou sobre o funcionamento do Sistema de Frenagem de Emergência Preditivo (AEB), o Sistema de Alerta de Faixa de Rodagem (LDWS) e ainda as vantagens destes sistemas, como evitar colisões traseiras e reduções de ferimentos e danos para veículos, pedestres e ciclistas.
“O LDWS é uma tecnologia que avisa o condutor da evasão indesejada da faixa de trânsito, por meio de alerta sonoro e correção de trajetória, cuja efetividade esperada para redução de acidentes é de cerca de 11%”, informou.
Na lista do que deve-se esperar da mobilidade do futuro, apresentada por Ricardo Bovo, engenheiro e responsável por eficiência energética da FACENS em palestra “Veículo conectado”, consta veículos não poluentes, desenvolvimento de veículos financeiramente mais acessíveis, aumento da demanda por mobilidade e conectividade entre diferentes tecnologias e infraestruturas.
O engenheiro ainda apresentou tecnologias para o presente e o futuro denominada C-V2X, ou seja, Cellullar vehicle-to-everything. “São sistemas que permitem que os dispositivos conversem entre si, que exista a troca de informações com o veículo e infraestrutura das vias, como um semáforo inteligente”, exemplificou.
A palestra “IAAT”, exibida por Michel Braghetto, da BOSCH, trouxe o projeto que leva o nome da apresentação ‘Investigação Avançada de Acidentes de Trânsito’. “No Brasil morrem 40 mil pessoas por ano em acidentes de trânsito contabilizando dispêndios de cerca de R$ 51,8 bilhões”, ressaltou.
O evento da entidade foi encerrado após debate entre os quatro palestrantes em transmissão virtual, ministrado por Tião Oliveira, editor do Jornal do Carro, do jornal O Estado de S. Paulo.
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